quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Primeira leitura de 2020 - Uma Mulher no Escuro

Um crime brutal cometido há vinte anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes une romance e suspense em uma narrativa intrincada e sedutora.
Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Única sobrevivente, ela agora é uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades para se relacionar. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, Rio de Janeiro.
Mas o passado bate à sua porta, e ela não sabe mais em quem pode confiar. Obrigada a enfrentar sua própria tragédia, Victoria embarca em uma jornada de amadurecimento e descoberta que a levará a zonas obscuras, mas também revelará as possibilidades do amor. Um psiquiatra, um amigo feito pela internet e um possível namorado — qual dos três homens está usando tudo o que sabe para aterrorizar a vida de Vic? E o que afinal ele quer com ela?
Na literatura nacional, Raphael Montes é unanimidade quando se trata de livros de suspense. Uma Mulher no Escuro traz sua primeira protagonista feminina e confirma o autor como um dos mais originais da atualidade — além de deixar o leitor intrigado do começo ao fim. 




Esse foi meu primeiro livro lido em 2020, e o ano já começou bem. Uma Mulher no Escuro é um suspense interessante escrito por Raphael Montes. Já tinha lido anteriormente outro dois livros desse autor, Suicidas e Dias Perfeitos, ele consegue criar  historiais intrigantes que prendem a atenção do leitor. Nesse novo livro não foi diferente, fiquei  envolvida com a história do começo ao fim, criando diversas  teorias para o mistério da trama. E mesmo depois que terminei o livro ainda fiquei pensando sobre o desfecho e as ações dos personagens.

A história gira em torno de Victoria Bravo, uma mulher que passou por um trauma terrível  na infância, que a deixou com cicatrizes físicas e psicológicas e moldou sua vida adulta. Seus pais e irmão foram assassinados de forma cruel e gratuita quando ela tinha apenas quatro anos. Com a ajuda do seu psiquiatra Vitoria tenta ter uma vida normal e superar suas inseguranças e falta de confiança nas suas relações pessoais. Porém, os acontecimentos do passado continuam a atormentando com o retorno de seu pior pesadelo.

Difícil não torcer por Vitória, ela sofreu grandes tanto  quando ainda era uma criança e, através da narrativa da sua vida atual, fica claro como ela ainda vive presa ao traumas do passado. Por mais que ela tente esquecer toda a tragédia, chega um momento que ela precisa retorno para sua própria história e de sua família para entender tudo que está acontecendo. A tragédia familiar tem vários desdobramentos e esse é o ponto mais interessante da história, perceber como a violência, que se apresenta de  várias formas, pode influenciar a vida das vítimas e moldar seus decisões futuras.

 Como todo bom  leitor de suspense fiquei a leitura toda tentando juntar as peças da historia, atenta a cada detalhe e descrição em busca de pistas para solucionar o mistério antes que a narrativa me entregasse isso, e fico satisfeita em confessar que consegui desvendar uma boa parte. Mesmo assim, no final a historia ainda me deixou tensa com as revelações e satisfeita com o desfecho.

Não vou me estender muito sobre a historia para não  soltar spoiler. Afinal o mistério na narrativa é essencial para um bom suspense, ele nos obriga a fazer uma viagem de reflexões, teorias mirabolantes, e descobertas.


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